JEAN-PAUL SARTRE
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
OS OLHOS DO POETA...
segunda-feira, 28 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
INSTANTE - SAMUEL BECKETT
Quando o ser só dura um instante onde cada instante
Se deita sobre o vazio dentro do esquecimento de ter sido
Sem esta onda onde por fim
Corpo e sombra juntos se dissipam
Que faria eu sem este silêncio abismo de murmúrios
Arquejando furiosos em direcção ao socorro em direcção ao amor
Sem este céu que se eleva
Sobre o pó dos seus lastros
Que faria eu… eu faria como ontem como hoje
Olhando para a minha janela vendo se não serei o único
A errar e a mudar distante de toda a vida
preso num espaço marionete
Sem voz entre as vozes
Que se fecham comigo.
Cada vez mais a escrita de Samuel Beckett é visto como o ponto culminante da grande literatura do século XX - sucedendo a obra de Proust, Joyce e Kafka. John Calder analisou a obra de Beckett, sobre principalmente o que escreveu sobre o nosso tempo em termos de filosofia, teologia e ética e considera que o seu contributo tem sido ignorado. Mente aguda Samuel Beckett aborda com humor e muita coragem as premissas básicas e as crenças, através da qual a maioria das pessoas vive. A sua sátira pode ser mordaz e a sua sagacidade devastadora, não encontrou como escapar da tragédia, mesmo com o conforto que nós construímos para nos proteger da realidade. A arte, para a maioria dos intelectuais tem substituído a religião, no entanto, Beckett desenvolveu uma mensagem moral - que está em contradição directa com os valores da ambição, do sucesso de aquisição e ele olha para a ganância, a adoração a Deus e a crueldade para com os outros. A honestidade, a integridade e a profundidade do pensamento de Beckett expressa através dos seus romances, peças teatrais e poesia, outros escritos e correspondência é chocante, ao pensamento convencional, mas o que ele tem a dizer também é reconfortante. Beckett oferece uma ética diferente para se viver - uma mensagem com base estóica de coragem, compaixão e uma capacidade de compreender e perdoar.
quinta-feira, 24 de março de 2011
TOTENFEIER - POEMA SINFÓNICO DE MAHLER
«Estamos diante de uma pessoa que nos é querida.
A sua vida, esforços, amarguras, e desejos passam-nos uma vez mais, pela última vez, diante dos olhos da nossa alma…
E agora? È tudo isto apenas um sonho desolador, ou esta vida e esta morte têm um significado?
-Temos que ser capazes de responder a estas questões se queremos prosseguir a nossa vida.»
Na altura da composição deste poema, Mahler teria uma paixão por Marion Weber, mulher do neto de Carl Maria von Weber, um amor impossível. Adam Mickiewicz escreveu um texto dramático, sobre um triângulo amoroso, no qual as personagens principais se chamam, Marie e Gustav. Este acaba por se suicidar transformando-se num espírito condenado a vaguear em torno da sua amada.
Não há certezas, mas Mahler e Mickiewicz eram amigos e partilhavam uma visão trágica da arte e do seu poder redentor, com referências muito óbvias da filosofia de Schopenhauer, Wagner e Nietzsche, comportamento desafiador caracterizado pela figura de Prometeu e do ideal que leva o homem a enfrentar com orgulho o seu próprio destino.
MAHLER - TOTENFEIER (CERIMÓNIA FÚNEBRE)
segunda-feira, 21 de março de 2011
DIA DA POESIA
Sobre um Poema
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras,
só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue
pelos canais do ser.
.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único, invade as órbitas,
a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
.
- Em baixo o instrumento perplexo
ignora a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Helder
domingo, 20 de março de 2011
PAUL HINDEMITH - TRAERMUSIK - para viola e orquestra de cordas
Peça escrita por Paul Hindemith, para a cerimónia fúnebre do rei Jorge V
sexta-feira, 18 de março de 2011
DESCOBERTA: O CÉREBRO HUMANO ENCOLHEU
Este fenómeno tem intrigado antropólogos, apostando a maioria na hipótese de se tratar de um efeito da evolução face a sociedades mais complexas, do que de um sinal de embrutecimento.
A tese defendida por David Geary, professor da Universidade de Missouri é que: Na emergência de sociedades mais complexas, o cérebro humano tornou-se mais pequeno porque os indivíduos não têm a necessidade de tanta inteligência para sobreviverem, são ajudados pelos outros