O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Denis Diderot (Langres, 5 de Outubro de 1713 — Paris, 31 de Julho de 1784)



Denis Diderot (Langres, 5 de Outubro de 1713 — Paris, 31 de Julho de 1784), filósofo e escritor francês.
A sua obra prima é a edição da Encyclopédie (1750-1772) ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers, onde reportou todo o conhecimento que a humanidade havia produzido até à sua época.

"Dizem que o desejo é produto da vontade, mas dá-se o oposto: a vontade é produto do desejo."

"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga."

"Apenas há um dever: o de sermos felizes."

"Nem que seja para fazer alfinetes, o entusiasmo é indispensável para sermos bons no nosso ofício."

"Se, quando somos ricos, temos tudo, qual o interesse em termos mérito e virtude?"

"Perguntaram um dia a alguém se havia ateus verdadeiros. Você acredita, respondeu ele, que haja cristãos verdadeiros?"

"Não se retém quase nada sem o auxílio das palavras, e as palavras quase nunca bastam para transmitir precisamente o que se sente."

"A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito."

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mayakovsky

Vladimir Vladimirovitch Mayakovsky (★ 19 de Julho de 1893, Baghdati - † 14 de Abril de 1930, Moscou) poeta, dramaturgo e teórico russo, frequentemente citado como um dos maiores poetas do século XX, ao lado de Ezra Pound e T.S. Eliot, bem como "o maior poeta do futurismo"

E Então, Que Quereis?...

Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.
Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas.
Trecho de “E Então, Que Quereis?...”, de Maiakóvski.
Tradução de E. Carrera Guerra.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Rolando Teixo, Pedro Bidarra



Será que o silêncio, como o som, é passível de ter um volume que aumenta? Será possível aumentar o volume do silêncio e ter, hoje, um silêncio mais volumoso que o silêncio de ontem, quando, contra toda a evidência objectiva, o silêncio de hoje é igual ao silêncio de ontem? A ausência de diálogo, de assunto, de conversa é a mesmíssima de ontem; as notícias que saem pela televisão são as mesmas e os talheres que batem no parto, pontuam o mesmo silêncio da mesma maneira. Mas hoje sente-se um silêncio mais volumoso do que o de ontem. Não mais pesado, como é comum dizer-se, não é assim que ele se sente. Sente-se apenas mais volumoso. Rolando Teixo, Pedro Bidarra