O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE
JEAN-PAUL SARTRE
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Eugène Ionesco (Slatina, Roménia, 26 de Novembro de 1909 — Paris, 28 de Março de 1994)
"Pensar contra o nosso tempo é um acto de heroísmo. Mas dizê-lo é um acto de loucura"
"Sendo o cómico a intuição do absurdo, ele afigura-se-me mais desesperante do que o trágico"
"O facto de sermos habitados por uma nostalgia incompreensível seria mesmo assim o sinal de que existe um além"
"Mergulha, sem limites, no espanto e na estupefacção; deste modo podes ser sem limites, assim podes ser infinitamente"
Eugênio Ionesco é considerado, com o Irlandês Samuel Beckett, o pai do teatro do absurdo, segundo o qual é preciso ‘’para um texto burlesco, uma interpretação dramática; para um texto dramático, uma interpretação burlesca’’. Porém, além do ridículo das situações mais banais, o teatro de Ionesco representa de maneira palpável, a solidão do homem e a insignificância de sua existência. Não queria que suas obras fossem categorizadas como Teatro do absurdo, preferindo em vez de absurdo, a palavra insólito. Percebeu no termo insólito um aspecto ao mesmo tempo pavoroso e maravilhoso diante da estranheza do mundo, enquanto a palavra absurdo seria sinonimo de insensato, de incompreensão.
«Não é porque não compreendemos uma coisa que ela é absurda», resumiu seu biógrafo André Le Gall.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Jack London (São Francisco, 12 de Janeiro de 1876 - Califórnia, 22 de Novembro de 1916)
Autor,
jornalista e activista social, pioneiro no que era, então, o
novo mundo das revistas comerciais de ficção, tendo sido um dos primeiros
romancistas a obter celebridade mundial somente com as suas histórias, além de
uma grande fortuna. Dentro das suas obras mais conhecidas, estão The Call of the Wild, Before Adam, White Fang e The Sea Wolf ("O lobo do mar").
A verdadeira função do homem é viver, não
existir. Eu não gastarei meus dias tentando prolongá-los. Eu usarei meu tempo."
"A vida é como um fermento, uma levedura que se move
por um minuto, uma hora, um ano, um século, um milénio, mas que por fim terá
paralisado os movimentos. Para manter-se em movimento, o grande come o pequeno.
Para manter-se forte, o forte come o fraco. O que tem sorte prolonga o seu
movimento por mais tempo - eis tudo."
- O Lobo-do-Mar (The Sea-Wolf), livro
de 1904
André Paul Guillaume Gide (Paris, 22 de Novembro de 1869 — Paris, 19 de Fevereiro de 1951)
André Gide - Recebeu o Nobel de Literatura de 1947.
Oriundo de uma família da alta burguesia, foi o fundador da Editora
Gallimard e da
revista Nouvelle
Revue Française. Gide não somente era homossexual assumido, como
também falava abertamente em favor dos direitos dos homossexuais, tendo escrito
e publicado, entre 1910 e 1924, um livro destinado a combater os preconceitos
homofóbicos da sociedade de seu tempo, Corydon.
Obras mais importantes: Os Frutos da Terra, A Sinfonia Pastoral, O Imoralista e Os Moedeiros Falsos.
"Nada impede mais a felicidade do que a lembrança da felicidade."
"Todas as coisas já foram ditas, mas
como ninguém escuta é preciso sempre dizer de novo."
domingo, 10 de novembro de 2013
Friedrich Schiller
Johann Christoph Friedrich von Schiller (Marbach am Neckar, 10 de Novembro de 1759 — Weimar, 9 de Maio de 1805), mais conhecido como Friedrich Schiller, poeta, filósofo e historiador alemão. Schiller foi um dos grandes homens de letras da Alemanha do século XVIII, e juntamente com Goethe,Wieland e Herder é representante do Romantismo alemão e do Classicismo de Weimar.
Beethoven imortalizou o seu poema «Ode à Alegria», na sua última sinfonia, a Nona.
Neste poema Schiller expressa uma visão idealista da raça humana como irmandade, uma visão que tanto este como Beethoven partilhavam.
Este poema não foi oficialmente adoptado nem pelo Conselho da Europa, nem posteriormente pela União Europeia, permanecendo como um hino sem letra, pois a música é uma linguagem universal e obtém o mesmo efeito, este Hino expressa os ideais de liberdade, paz e solidariedade, ideais estes que a Europa e as suas instituições como um todo querem e ambicionam prosseguir. (VÊ-SE!!!!)
Síntese de Ode à Alegria: Escuta irmão esta canção da alegria Um canto alegre de quem espera um novo dia. Vem,canta, sonha cantando, Vive esperando um novo sol Em que os Homens voltarão a ser irmãos.
Beethoven imortalizou o seu poema «Ode à Alegria», na sua última sinfonia, a Nona.
Neste poema Schiller expressa uma visão idealista da raça humana como irmandade, uma visão que tanto este como Beethoven partilhavam.
Este poema não foi oficialmente adoptado nem pelo Conselho da Europa, nem posteriormente pela União Europeia, permanecendo como um hino sem letra, pois a música é uma linguagem universal e obtém o mesmo efeito, este Hino expressa os ideais de liberdade, paz e solidariedade, ideais estes que a Europa e as suas instituições como um todo querem e ambicionam prosseguir. (VÊ-SE!!!!)
Síntese de Ode à Alegria: Escuta irmão esta canção da alegria Um canto alegre de quem espera um novo dia. Vem,canta, sonha cantando, Vive esperando um novo sol Em que os Homens voltarão a ser irmãos.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
FERNANDO PESSOA O «JANOTA»
As fotografias de Fernando Pessoa, podem revelar uma
pessoa sem grandes preocupações na forma como se vestia. É verdade que Pessoa,
passou por dificuldades económicas e teve dívidas, mas nunca sucumbiu à
miséria.
Fernando Pessoa gostava de vestir
bem. Por vezes teve que recorrer à venda de livros já lidos, para ter dinheiro,
muito dele para comprar roupas e acessórios nas casas mais requintadas de
Lisboa, como a Camisaria Pitta. Os familiares sempre disseram que Pessoa andava
sempre bem arranjado, de colarinhos bem engomados e gostava de vestir com um
certo rigor. Seria o que se dizia então um «janota», mas ser «janota» ficava
caro, até teve uma alta conta num dos alfaiates mais conceituados de Lisboa,
Lourenço & Santos, Lda. O próprio Fernando Pessoa faz referência no seu
diário, entrada em 30 de Novembro de 1915: «Há noite fiquei satisfeito de ouvir
duas referências diferentes (do Cortês-Rodrigues e do Perdigão), ao facto de eu
estar bem vestido (Oh, eu!)».
No fim da sua vida Fernando
Pessoa recebeu o Prémio Antero de Quental, quantia de 5000$00, pelo seu livro
«Mensagem». Oito meses depois de receber este dinheiro morreu no Hospital São Luís
dos Franceses, é de pensar que o poeta viveu esses meses num justíssimo desafogo,
mas o facto de ter morrido sem deixar dívidas, revela que também as saldou
todas.
Escritor David Soares
Retrato exposto na Casa Fernando
Pessoa, feito pelo pintor Adolfo Rodriguez Castañe, um dos seus amigos.
sábado, 2 de novembro de 2013
Odysséas Elýtis
Odysséas Elýtis (Heraclião, Creta, 2 de Novembro de 1911 — Atenas, 18 de Março de 1996), poeta grego, distinguido com o Prémio Nobel de Literatura em 1979.
Após conhecer a poesia de Paul Eluárd, abandonou o curso de direito para dedicar-se inteiramente à poesia. Elýtis, segundo ele próprio, "procurava no Surrealismo o clima propício a sua 'vitalidade libertária', preservando o mecanismo da construção mítica, mas não as figuras da mitologia.
Seu principal trabalho, escrito durante quatorze anos e publicado em 1959, é Axion Esti, um poema que tenta identificar os elementos vitais nos três mil anos de história e tradição da Grécia e onde imagens do sol e do mar misturam-se com a liturgia Ortodoxa e os elementos pagãos com o Cristão. Outros trabalhos incluem Ανοιχτά χαρτιά ("Anoichtá chartiá", ou seja, "Papéis abertos"), importante colectânea de ensaios sobre literatura.
Não me lembrava deste Nobel, a poesia nunca tem a expansão comercial da prosa e mesmo aqui na Internet, nada se encontra por aqui em português.
El concierto de los jacintos
I
Ponte un poquito más cerca del silencio y recoge los cabellos de esta noche que sueña, desnudo su cuerpo. Tiene
muchos horizontes, muchas brújulas, y un destino que arde incansable cada vez y sus cincuenta y dos papeles. Después
vuelve a empezar con otra cosa - con tu mano, que le da perlas para hallar un deseo, una islita de sueño.
Ponte un poquito más cerca del silencio y abraza la enorme ancla que gobierna en los abismos. Dentro de poco estará en
las nubes Y tú no entenderás, mas llorarás, llorarás para que yo te bese y cuando vaya a abrir una brecha en la mentira,
un pequeño tragaluz azul cielo en la ebriedad, me morderás.
Sombra celosa de mi alma, engendradora de una música en el claro de luna.
Ponte un poquito más cerca de mí.
De "Orientaciones"
Ediciones del oriente y del mediterráneo 1996
Versión de Ramón Irigoyen
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