O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

SOU UMA UTÓPICA DE ESQUERDA...

Não estou, nem nunca estive presa a nenhum partido político, isto permite-me criticar e elogiar um ou outro, mas sempre me considerei de esquerda, ie nunca votei no que se pode convencionar por direita. Há muitas esquerdas e pouca esquerda!...Posso ser mais radical ou mais tolerante, tudo depende da análise que faço, caso a caso.
A esquerda para mim, está implicada com a luta por uma mudança social com o intuito de criar uma sociedade mais igualitária. Este termo surgiu durante a Revolução Francesa. Esta é a esquerda que defendo, uma esquerda imbuída de humanismo, firmando-se na trilogia revolucionária – FRATERNIDADE, SOLIDARIEDADE E LIBERDADE. Penso que esta esquerda é progressiva e que sempre esteve ao lado das lutas sociais, das melhorias no trabalho, na jornada das 8 horas, nas férias, na semana inglesa, no combate à miséria, no apoio às crianças, aos idosos, etc…
Um conceito distinto de esquerda política foi originado com a Revolta de 1848 em França. Os organizadores da Primeira Internacional consideravam-se os sucessores da ala esquerda da Revolução Francesa (a jacobina). O termo esquerdista passou a definir vários movimentos revolucionários na Europa, especialmente socialistas, anarquistas e comunistas. O termo também é utilizado para descrever a social-democracia e o liberalismo social (diferente do liberalismo económico, considerado de direita).

Li os ENSAIOS POLÍTICOS, de Pessoa, sou «pessoana», mas não a 100%, no entanto considero que ele foi um génio e poderia usar muita adjectivação, mas sempre senti um grande cansaço pelos adjectivos! Pessoa viveu num tempo muito diverso, mas ao dizer: hoje liberalismo implique também um «capitalismo selvagem sem freios».
Pessoa defendia, a liberdade individual como um objectivo central e que a falta de oportunidades económicas, educação, saúde, etc., podem ser tão prejudiciais para a liberdade como um Estado opressor. Derivado disto, os liberais sociais estão entre os mais fortes defensores dos direitos humanos e das liberdades civis, combinando esta vertente com o apoio a uma economia em que o Estado desempenha essencialmente um papel de regulador e de garantidor, para que todos tenham acesso, independentemente da sua capacidade económica, aos serviços públicos que asseguram os direitos sociais fundamentais.
Tudo isto, está de acordo com os meus anseios!...
Será que a definição do Liberalismo Social, é cumprida?
Hoje em dia os conceitos estão muito adulterados, mas regimes ditatoriais de esquerda ou direita nem pensar! Há o «centrão», com um partido social-democrata e um partido socialista que me parecem descaracterizados, mas são os únicos com possibilidades de governar e depois há realmente a esquerda e a direita, que chegando ao poder por muito que gritem, acomodam-se e fazem simbiose com o «status-quo», apesar de tudo a esquerda, tem como objectivo denunciar os problemas sociais, enquanto a direita a sua vocação é o populismo.

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