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PALAVRAS
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Golpes
Golpes
De machado na madeira,
E os ecos!
Ecos que partem
A galope.
A seiva Jorra como pranto, como
A seiva Jorra como pranto, como
Água lutando
Para repor seu espelho
Sobre a rocha
Que cai e rola,
Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.
Anos depois, na estrada,
Encontro
Essas palavras secas e sem rédeas,
Essas palavras secas e sem rédeas,
Bater de cascos incansável.
Enquanto do fundo do poço,
estrelas fixas
Decidem uma vida.
.(tradução de Ana Cristina César)
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ARIEL
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ARIEL
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Estancamento no escuro
Estancamento no escuro
E então o fluir azul e insubstancial
De montanha e distância.
Leoa do Senhor como nos unimos
Leoa do Senhor como nos unimos
Eixo de calcanhares e joelhos!... O sulco
Afunda e passa, irmão
Afunda e passa, irmão
Do arco tenso
Do pescoço que não consigo dobrar.
Sementes
Sementes
De olhos negros lançam escuros
Anzóis...
Negro, doce sangue na boca,
Negro, doce sangue na boca,
Sombra,
Um outro voo
Me arrasta pelo ar...
Me arrasta pelo ar...
Coxas, pêlos;
Escamas e calcanhares.
Branca
Godiva, descasco
Mãos mortas, asperezas mortas.
E então
E então
Ondulo como trigo, um brilho de mares.
O grito da criança
Escorre pela parede.
Escorre pela parede.
E eu
Sou a flecha,
O orvalho que voa,
O orvalho que voa,
Suicida, unido com o impulso
Dentro do olho
Vermelho, caldeirão da manhã.
Vermelho, caldeirão da manhã.
.(tradução de Ana Cândida Perez e Ana Cristina César)
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