O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O VELHO E O MAR - HEMINGWAY


Ernest Hemingway, escreveu grandes obras, como ADEUS ÀS ARMAS, POR QUEM OS SINOS DOBRAM, FIESTA…que fazem parte da lista dos melhores livros de sempre, mas escreveu um romance, que foi a sua última obra de ficção, de que gosto especialmente, refiro-me a, O VELHO E O MAR, escrita em Cuba em 1951 e publicada no ano seguinte. Este livro recebeu o Prémio Pulitzer e em 1954 Hemingway obteve o Prémio Nobel. Numa prosa poética, Hemingway retrata, uma vez mais, a capacidade do homem de fazer face e superar com sucesso os dramas e as dificuldades da vida real, é uma suas obras mais comoventes.

(...) este pequeno romance, é um breve poema em prosa, uma epopeia de simples trama, singelamente narrada. Mas é, por outro lado, muito mais do que isso: um breviário nobilíssimo da dignidade humana, escrito com a mais requintada das artes. Poucas vezes, no nosso tempo, terá sido concebida e realizada uma obra tão pura, em que a natureza e a humanidade sejam, frente a frente, tão verdadeiras.
Jorge de Sena, Prólogo da Edição de 1956.



O VELHO E O MAR

Narra a aventura de um pobre e velho pescador, Santiago, que anseia por pescar «um dos grandes». Vai para o mar e no 85º dia, acaba por pescar um grande espadarte e esse facto vai proporcionar uma longa e empolgante história, cheia de perigos e imprevistos. O pescador tem de usar de toda a sua astúcia e grande persistência. O peixe com a sua imensa força acaba por rebocar o barco, para o alto mar. O velho sofre com o intenso sol e com as feridas nas mãos e faz muitas reflexões, sobre a dignidade dos homens e dos animais. Depois de alguns dias consegue matar o peixe. O «clímax» desta obra é a sua luta contra os tubarões, defendendo o peixe que pescou, mas quando consegue chegar à praia, do peixe só resta o esqueleto, toda a sua carne foi comida pelos tubarões. Uma obra que provoca muita reflexão sobre a condição do homem, as suas dificuldades de subsistência, a necessidade de persistência, a força que o homem pode ter, para vencer as dificuldades, como Hemingway diz no livro: «Um homem pode ser destruído, mas não derrotado».

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