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Ernest Hemingway, escreveu grandes obras, como ADEUS ÀS ARMAS, POR QUEM OS SINOS DOBRAM, FIESTA…que fazem parte da lista dos melhores livros de sempre, mas escreveu um romance, que foi a sua última obra de ficção, de que gosto especialmente, refiro-me a, O VELHO E O MAR, escrita em Cuba em 1951 e publicada no ano seguinte. Este livro recebeu o Prémio Pulitzer e em 1954 Hemingway obteve o Prémio Nobel. Numa prosa poética, Hemingway retrata, uma vez mais, a capacidade do homem de fazer face e superar com sucesso os dramas e as dificuldades da vida real, é uma suas obras mais comoventes.
(...) este pequeno romance, é um breve poema em prosa, uma epopeia de simples trama, singelamente narrada. Mas é, por outro lado, muito mais do que isso: um breviário nobilíssimo da dignidade humana, escrito com a mais requintada das artes. Poucas vezes, no nosso tempo, terá sido concebida e realizada uma obra tão pura, em que a natureza e a humanidade sejam, frente a frente, tão verdadeiras.
Jorge de Sena, Prólogo da Edição de 1956.
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Narra a aventura de um pobre e velho pescador, Santiago, que anseia por pescar «um dos grandes». Vai para o mar e no 85º dia, acaba por pescar um grande espadarte e esse facto vai proporcionar uma longa e empolgante história, cheia de perigos e imprevistos. O pescador tem de usar de toda a sua astúcia e grande persistência. O peixe com a sua imensa força acaba por rebocar o barco, para o alto mar. O velho sofre com o intenso sol e com as feridas nas mãos e faz muitas reflexões, sobre a dignidade dos homens e dos animais. Depois de alguns dias consegue matar o peixe. O «clímax» desta obra é a sua luta contra os tubarões, defendendo o peixe que pescou, mas quando consegue chegar à praia, do peixe só resta o esqueleto, toda a sua carne foi comida pelos tubarões. Uma obra que provoca muita reflexão sobre a condição do homem, as suas dificuldades de subsistência, a necessidade de persistência, a força que o homem pode ter, para vencer as dificuldades, como Hemingway diz no livro: «Um homem pode ser destruído, mas não derrotado».
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