As manifestações contra a crise têm surgido um pouco por toda a Europa ao arrepio dos partidos políticos tradicionais.Com mais ou menos incidentes e perturbação da ordem pública. Juntam gerações, que ganham a compreensão de alguns intelectuais, que vêem nos protestos a confirmação dos seus alertas, sobre os perigos que espreitam o futuro. É o caso do francês Edgar Morin, que acaba de publicar, La voie. Pour l’ Avenir de l’Humanité (O Caminho. Para o Futuro da Humanidade).
O pensador junta a sua voz a outro francês, Stéphane Hessel, que este ano lançou o panfleto, Indignai-vos, que serviu de rastilho para movimentos de protesto, que tomaram por exemplo, várias cidades espanholas.
Morin defende a reforma da sociedade de consumo e aquilo a que chama «democracia participativa», resultante do activismo da sociedade civil. O filósofo participou na resistência à ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial e aderiu ao Partido Comunista Francês, do qual depois se desviou. Morin, numa entrevista recente, reconhece que o fim do comunismo provocou o despertar da hidra do fanatismo religioso e a sobreexcitação da hidra do capitalismo financeiro, numa sucessão de processos que tornam provável a ocorrência de uma catástrofe para a humanidade.
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