O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

POEMA INÉDITO DE PAULO JOSÉ MIRANDA

Esforça-te para que saibam que o

[mundo começou de vez

Estende uma palavra amável ao

[transeunte

E o luxo anacrónico de um sorriso

Àquele que falar mal de ti

Perdoa – o com a ternura de falar bem

[dele

Segue pela rua não esquecendo nunca

Essa missão dura e difícil que tens

[pela frente

Ainda que te esbofeteiam te

[espezinhem te humilhem

És e serás sempre o profeta do

[humano

Aquele que anuncia a chegada do

[mundo

Poema inédito de Paulo José Miranda

Ninguém diria que trazias o cheiro

Dos últimos começos

Da primeira apanha de frutas das

[nossas árvores

Ninguém diria que cheiravas ao

[momento

Em que por fim

O enfermo abre a janela e deixa

[entrar o ar fresco

A prometida e bela manhã tantas

[vezes sonhada

Que faz renascer a vida e seus

[atributos

Ninguém diria que serias o Sol

E sua chama acesa bem alta

Queimando a pele humana

Desgastando todos os outros animais

Deixando o dia e que girar á sua

[volta em cinzas

Ninguém diria que tudo irá acabar

Numa cova profunda e escura

De tão escura que um ou outro

[insecto

Parecerá uma estrela

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