Já escrevia poemas, lidos para um grupo de escritores influentes, o grupo 47, mas só depois de mudar para Paris, passou a dedicar-se à literatura. Ao romance de crítica social "Die Blechtrommel" (O TAMBOR), seguiram-se "Katz und Maus" e "Hundejahre".
De ideais políticos de esquerda, participou de forma activa na vida pública do seu país e provocou polémica, renovou a literatura alemã do pós-guerra por meio de textos de irónicos e grotescos, especialmente satirizando a complacente atmosfera do milagre económico da reconstrução pós-nazista. Em 1999 o Nobel de Literatura.
Com uma obra que contesta, desde o início, as ideias nazis que o atraíram na juventude, hoje é considerado o porta-voz literário da geração alemã que cresceu durante o nazismo, e descreve-se a si mesmo como um Spätaufklärer, um devoto da iluminação, numa era cansada da razão.
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«Não sou responsável pelas coisas que fiz quando criança.» (Personagem Oskar em O TAMBOR). Num outro romance ainda podemos verificar o aparecimento de um possível traço autobiográfico e a sua relação com este sentimento de culpa, trata-se de MAUS PRESSÁGIOS. Alexandre e Alexandra, os protagonistas revelam: Não era necessário remexer no passado, porque as poucas aventuras à margem traziam lembranças inexactas ou mal ordenadas. E o facto de que ele, aos 14 anos, fosse soldado e aos dezassete, membro entusiasta da organização da juventude, era perdoado aos dois, mutuamente, como defeitos congénitos da sua geração; não era preciso descer a nenhum abismo; até porque ele, nos momentos em que duvidava de si próprio, dizia que tinha de lutar continuamente contra o jovem hitlerista que tinha dentro de si… Estaria Grass, ao longo de todos os seus romances, já dando pistas da sua vida passada? Seriam todos os seus romances um desabafo particular?
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