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Antes de se estabelecer no México, a pintora esteve três anos em Paris a acompanhar o seu então namorado e também artista, Max Ernst, um dos expoentes do surrealismo, onde privou com Picasso, Salvador Dalí, Marcel Duchamp, André Bretón, Luis Buñuel e Joan Miró. Um romance que terminaria de forma trágica com Ernst a ser perseguido pelos nazis. “Foram momentos muito felizes, mas chegou um momento em que só falávamos de Hitler, e então acabou essa felicidade”, disse a artista.
Leonora Carrington viu-se assim obrigada a fugir, primeiro para Espanha e depois para Lisboa, onde conheceu Renato Leduc, um escritor mexicano, e com quem se mudou para o México em 1941. Relação que também não foi bem-sucedida e que acabaria dois anos depois.
Teve uma vida agitada, com muitas aventuras pelo meio, e que valeu à escritora Elena Poniatowska, sua amiga durante mais de 50 anos, o prémio Biblioteca Breve 2011, com o livro sobre a sua vida, “Leonora”.
Também em 1995, Leonora Carrington viu a sua vida ser representada no cinema, num filme, “Carrington”, realizado por Christopher Hampton e protagonizado por Emma Thompson.
“Leonora é uma pintora do tamanho de Frida Kahlo e a última figura que existe do surrealismo”, disse ao “El País” Elena Poniatowska.
A sua arte chegou à rainha Isabel de Inglaterra, que a condecorou com a Ordem do Império Britânico, em 2005. Entre as suas obras destacam-se os trabalhos: "La giganta", "Quería ser pájaro", "Laberinto", "El despertar", "Y entonces vi a la hija del Minotauro" e "El juglar".
Morreu no México com 94 anos. O corpo da pintora será sepultado no Panteão Inglês.
BIOGRAFIA:http://en.wikipedia.org/wiki/Leonora_Carrington
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