O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O MITO DE FAUSTO...

Entre os grandes mitos europeus, Don Juan, Orfeu, Don Quijote, etc., Fausto é aquele que mais «reencarnações» musicais suscitou. Na verdade desde Dr. Faustus, escrito por Christopher Marlowe (1594), ao Faust de Goethe e ao Doktor Faust de Thomas Mann, muitos compositores se inspiraram neste mito.

Faust de Goethe disseminou o mito num dos temas centrais da Cultura Ocidental oitocentista, o Doktor Faust, um século mais tarde actualiza as grandes preocupações civilizacionais da Segunda Guerra Mundial, desenvolvendo, num plano estético-filosófico a questão sobre o papel do artista e da Arte na Sociedade. No fundo indagando-se sobre o futuro da própria sociedade Ocidental. O mito faustiano actualiza, sintetiza e simboliza, incessantemente, a essência de um devir da Cultura Ocidental.
Vários músicos se utilizaram em obras diversas de Faust: Spohr, Berlioz, Gounod, Boito, Busoni e outros compositores do séc. XX e XXI.


[No afã de superar os conhecimentos de sua época, Fausto evoca os espíritos e, por fim, Mefistófeles, com o qual negocia viver por vinte e quatro anos sem envelhecer.
Durante este tempo, conforme o contrato assinado com seu próprio sangue, serviria o diabo a Fausto, em troca da sua alma. Entregue aos prazeres durante este tempo, é finalmente ao término deles, levado para o Inferno.
Tendo, porém, encontrado o amor de Margarida, dela tenta obter a salvação, mas foi inevitável o destino a que se comprometera.]


DANAÇÃO DE FAUSTO - BERLIOZ




FAUST DE GOUNOD


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