O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

domingo, 31 de janeiro de 2010

PAUL GAUGUIN (1848-1903)

A sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como as de Van Gogh ou Paul Cézanne. Apesar disso, é verdade que teve seguidores e que pode ser considerado o fundador do grupo Les Nabis, que, mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida.
As suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele conseguiu com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso CRISTO AMARELO.


O pintor, buscando o exotismo partiu para o Taiti, em busca de novos temas, para se libertar dos condicionamentos da Europa. As suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas, como MULHER COM UMA FLOR.

"DE ONDE VIEMOS? O QUE SOMOS? PARA ONDE VAMOS?, é uma tela enorme que sintetiza toda sua pintura. É também um dos quadros que mais me faz reflectir. Nele estão representadas todas as idades e o seu título é paradigma de grandes inquietações

Gauguin desenvolveu as técnicas do "sintetismo" e "cloisonnisme", estilos de representação simbólica da natureza onde são utilizadas formas simplificadas e grandes campos de cores vivas chapadas, que ele fechava com uma linha negra, e que mostravam uma forte influência das gravuras japonesas.
A sua pintura é caracterizada por:
Natureza alegórica, decorativa e sugestiva;
Formas dimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas.

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