O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

segunda-feira, 19 de abril de 2010

À ESPERA DE GODOT - SAMUEL BECKETT

O que mais aprecio na obra de BECKETT, é a sua riqueza metafórica, privilegiando uma visão pessimista e absurda, sobre o fenómeno humano.

À ESPERA DE GODOT, é uma das obras mais conhecidas de Samuel Beckett. Faz parte do Teatro do Absurdo, classificação feita por alguns críticos de teatro.
O seu enredo, baseia-se na falta de comunicação entre as personagens e na espera de algo que não se resolve. A expressão "Á Espera DE Godot" era bastante utilizada em tempos passados, para indicar algo impossível, ou uma espera infrutífera.
Esta peça tem dois actos. Os personagens da peça são: Vladimir, Estragon, Pozzo, Lucky e um garoto.
Num lugar indefinido, encontram-se dois amigos, Estragon e Vladimir, à espera de Godot, que não se sabe quem é, nem o que eles querem dele. Os dois iniciam um diálogo trivial, que depois é interrompido pela entrada de Pozzo e Lucky. O aparecimento destes assusta os amigos, ainda mais pelo modo como os dois vêm: Pozzo puxa uma corda que na outra ponta está amarrada ao pescoço de Lucky. Lucky por sua vez carrega uma pesada mala, que não larga um só instante. Entende-se pela situação que Pozzo é o patrão e Lucky o seu criado. Os quatro trocam palavras, cada um com seu drama pessoal, até que Pozzo e Lucky saem. Em seguida, entra um garoto para anunciar, que quem eles estão esperando - Godot - não viria, talvez amanhã.
O segundo acto é uma cópia do primeiro. O cenário é o mesmo. Estragon e Vladimir voltam para esperar Godot, que talvez apareça nesse dia. Iniciam outro diálogo trivial, interrompido outra vez pela chegada de Pozzo e Lucky. Só que, inexplicavelmente, Pozzo está cego e Lucky está surdo. Dialogam. Após a partida destes, aparece um garoto (diferente do garoto do primeiro acto) anunciando que Godot não viria hoje, talvez amanhã. Pensam em se enforcar na árvore, mas desistem, ante a impossibilidade do acto ser simultâneo.



SAMUEL BECKETT (Dublin, 1906 — Paris, 1989), oriundo de uma família burguesa e protestante, estudou no Trinity College de Dublin, onde se formou em Literatura Moderna, especializando-se em francês e italiano. Em 1928, meses após sua mudança para Paris, conheceu James Joyce e tornou-se grande admirador do escritor, a sua obra posterior é fortemente influenciada por ele.
Andou entre Dublin onde leccionou e Paris. Publicou a sua primeira novela e foi viver definitivamente para Paris, onde casou com Suzanne Deschevaux-Dusmenoil. Um misterioso acidente ocorreu nessa altura, ficou gravemente ferido ao ser agredido por um estranho, que lhe desferiu uma facada no peito.
Durante a Segunda Guerra, fez parte com a mulher da resistência francesa, na ocasião da invasão de Paris pelo exército nazista, em 1941. Afastou-se da resistência em 1942, quando ambos foram obrigados a fugir da França. Em 1969 recebeu o Nobel da Literatura. Morreu em 1989.
Tem uma obra vasta, de teatro, romance, ensaio, novela e poesia.

FONTE - INTERNET

Nenhum comentário:

Postar um comentário