John Reed, como jornalista viajou pelo mundo e cedo se interessou pela política. Em Massachusetts, juntou-se a uma manifestação de operários, que lutavam pela jornada de oito horas diárias. A polícia interveio e Reed foi preso.
No México, em 1914, Pancho Villa liderava uma rebelião de camponeses quando Reed foi enviado como correspondente. Em pouco tempo, tornou-se próximo do líder revolucionário. Os relatos apaixonados de Reed, espalharam a notícia da revolução.
Reed também esteve presente no Massacre de Ludlow, onde mineiros em greve foram abatidos pela Guarda Nacional a mando da família Rockefeller. Esses acontecimentos foram registados no livro, A Guerra do Colorado.
Quando a Primeira Guerra Mundial eclodiu na Europa, John Reed escreveu:
And here are the nations, flying at each other's throats like dogs… and art, industry, commerce, individual liberty, life itself taxed to maintain monstrous machines of death. (Aqui estão as nações, a se lançar aos pescoços umas das outras como cães… e a arte, a indústria, o comércio, a liberdade individual, a própria vida são taxadas para sustentar monstruosas máquinas de morte.)
Uma grande influência para Reed, foi Emma Goldman. Ela era uma fonte de inspiração da geração do feminismo e anarquismo.
Reed foi cobrir a Primeira Guerra, esteve em Inglaterra, nos Países Baixos, na Alemanha e depois na França, andando pelos campos lamacentos das frentes da guerra. Também esteve em 1915 na Rússia, onde viu a miséria e a violência dos soldados do Czar sobre os russos. Quando voltou aos E.U.A, escreveu no The Masses: o inimigo do trabalhador americano são os 2% da população que recebem 60% da riqueza nacional. "Nós defendemos que o trabalhador se prepare para se defender do inimigo."
Nessa altura (1916), Reed conheceu, Louise Bryant, uma escritora, anarquista e comunista inconsequente. Emma Goldman disse, Louise nunca foi um comunista, ela só dormia com um comunista.No ano seguinte quando os Estados Unidos declaram guerra à Alemanha, Reed, como outros americanos fizeram boicote a essa decisão. Reed revoltou-se pelo modo como as classes trabalhadoras na Europa e EUA, eram exploradas, para sustentar a guerra.
John Reed era uma figura importante no Partido Socialista nos EUA, sendo determinante para a fundação do Partido Comunista dos Trabalhadores. Esse partido era ilegal e era apenas um de dos partidos que disputavam o apoio do recentemente fundado Communist International (Comintern).
Com as notícias que chegavam, da deposição do Czar e da Revolução, Reed e Louise Bryant, partiram para a Rússia. Reed acompanhou tudo tomando as suas notas e em 1918 voltou aos Estados Unidos para escrever, OS DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO, mas as suas anotações foram confiscadas e só as recuperou tempos depois. Foi a julgamento, pelas suas crenças e pela sua oposição à guerra, o júri não pode chegar a uma decisão e as acusações foram retiradas.
Reed a partir daí foi convidado por várias Universidades para fazer conferências sobre tudo aquilo que viveu, mas continuou a intervir politicamente e a ter problemas com as autoridades.
Em 1919, a guerra acabou, mas as mudanças na agora URSS, preocupavam os Estados Unidos. Reed envolveu-se na formação do Partido Comunista dos Trabalhadores, foi à Rússia como delegado aos encontros da International Communista. Aí contraiu o tifo e em 1920, morreu num hospital de Moscovo. O corpo de John Reed foi sepultado perto do Kremlin na Praça Vermelha, com honras de herói.
Os Dez Dias que Abalaram o Mundo, é um livro que recorda, com uma intensidade e um vigor extraordinários, os primeiros dias da Revolução de Outubro. O contacto com o movimento acabou por extrapolar o campo das informações jornalísticas, Reed tornou-se um ardoroso defensor da Revolução.O livro, não é uma simples enumeração de factos ou uma colecção de documentos, mas de cenas vivas, cheias de realidade. Todo o material recolhido ao vivo traduz, da melhor forma possível, o modo de sentir das massas, e permite apanhar o verdadeiro sentido dos diferentes actos da revolução.Parece estranho, à primeira vista, que esse livro tenha sido escrito por um americano, que não conhece a língua nem os costumes do país. Ele deveria - é o que se admite - cometer erros, omitir factores essenciais, mas é um grande testemunho pessoal de tudo que aconteceu.O livro de Reed oferece um quadro autêntico da revolta, e é por isso que terá sempre uma importância especial, para gerações futuras, porque a Revolução de Outubro, foi um acontecimento ímpar da história. No seu género, o livro de Reed é uma epopeia.
No México, em 1914, Pancho Villa liderava uma rebelião de camponeses quando Reed foi enviado como correspondente. Em pouco tempo, tornou-se próximo do líder revolucionário. Os relatos apaixonados de Reed, espalharam a notícia da revolução.
Reed também esteve presente no Massacre de Ludlow, onde mineiros em greve foram abatidos pela Guarda Nacional a mando da família Rockefeller. Esses acontecimentos foram registados no livro, A Guerra do Colorado.
Quando a Primeira Guerra Mundial eclodiu na Europa, John Reed escreveu:
And here are the nations, flying at each other's throats like dogs… and art, industry, commerce, individual liberty, life itself taxed to maintain monstrous machines of death. (Aqui estão as nações, a se lançar aos pescoços umas das outras como cães… e a arte, a indústria, o comércio, a liberdade individual, a própria vida são taxadas para sustentar monstruosas máquinas de morte.)
Uma grande influência para Reed, foi Emma Goldman. Ela era uma fonte de inspiração da geração do feminismo e anarquismo.
Reed foi cobrir a Primeira Guerra, esteve em Inglaterra, nos Países Baixos, na Alemanha e depois na França, andando pelos campos lamacentos das frentes da guerra. Também esteve em 1915 na Rússia, onde viu a miséria e a violência dos soldados do Czar sobre os russos. Quando voltou aos E.U.A, escreveu no The Masses: o inimigo do trabalhador americano são os 2% da população que recebem 60% da riqueza nacional. "Nós defendemos que o trabalhador se prepare para se defender do inimigo."
Nessa altura (1916), Reed conheceu, Louise Bryant, uma escritora, anarquista e comunista inconsequente. Emma Goldman disse, Louise nunca foi um comunista, ela só dormia com um comunista.No ano seguinte quando os Estados Unidos declaram guerra à Alemanha, Reed, como outros americanos fizeram boicote a essa decisão. Reed revoltou-se pelo modo como as classes trabalhadoras na Europa e EUA, eram exploradas, para sustentar a guerra.
John Reed era uma figura importante no Partido Socialista nos EUA, sendo determinante para a fundação do Partido Comunista dos Trabalhadores. Esse partido era ilegal e era apenas um de dos partidos que disputavam o apoio do recentemente fundado Communist International (Comintern).
Com as notícias que chegavam, da deposição do Czar e da Revolução, Reed e Louise Bryant, partiram para a Rússia. Reed acompanhou tudo tomando as suas notas e em 1918 voltou aos Estados Unidos para escrever, OS DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO, mas as suas anotações foram confiscadas e só as recuperou tempos depois. Foi a julgamento, pelas suas crenças e pela sua oposição à guerra, o júri não pode chegar a uma decisão e as acusações foram retiradas.
Reed a partir daí foi convidado por várias Universidades para fazer conferências sobre tudo aquilo que viveu, mas continuou a intervir politicamente e a ter problemas com as autoridades.
Em 1919, a guerra acabou, mas as mudanças na agora URSS, preocupavam os Estados Unidos. Reed envolveu-se na formação do Partido Comunista dos Trabalhadores, foi à Rússia como delegado aos encontros da International Communista. Aí contraiu o tifo e em 1920, morreu num hospital de Moscovo. O corpo de John Reed foi sepultado perto do Kremlin na Praça Vermelha, com honras de herói.
Os Dez Dias que Abalaram o Mundo, é um livro que recorda, com uma intensidade e um vigor extraordinários, os primeiros dias da Revolução de Outubro. O contacto com o movimento acabou por extrapolar o campo das informações jornalísticas, Reed tornou-se um ardoroso defensor da Revolução.O livro, não é uma simples enumeração de factos ou uma colecção de documentos, mas de cenas vivas, cheias de realidade. Todo o material recolhido ao vivo traduz, da melhor forma possível, o modo de sentir das massas, e permite apanhar o verdadeiro sentido dos diferentes actos da revolução.Parece estranho, à primeira vista, que esse livro tenha sido escrito por um americano, que não conhece a língua nem os costumes do país. Ele deveria - é o que se admite - cometer erros, omitir factores essenciais, mas é um grande testemunho pessoal de tudo que aconteceu.O livro de Reed oferece um quadro autêntico da revolta, e é por isso que terá sempre uma importância especial, para gerações futuras, porque a Revolução de Outubro, foi um acontecimento ímpar da história. No seu género, o livro de Reed é uma epopeia.
Reds(1981) filme baseado na vida de John Reed. O filme foi realizado por WARREN BEATTY e teve como intérpretes: Diane Keaton como Louise Bryant, Warren Beatty como John Reed e Jack Nicholson, interpretando o dramaturgo Eugene O'Neill, que havia sido amante de Bryant.
C&H
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