Continuo, continuamos, mergulhados na CRISE, cada vez mais CRISE com as notícias que vão chegando. Há anos que se anda a falar de uma crise de valores éticos, os actos corruptivos dos políticos têm sido manchete diária juntamente com uma displicência do vale tudo. Portugal começou a viver acima das suas possibilidades e a fechar os olhos, a certos sectores, como por exemplo os bancos, que alargaram o crédito e tiveram como contrapartida o não cumprimento dos empréstimos e, claudicaram! Victor Constâncio, Governador do Banco de Portugal, foi um bom «verbo de encher», como é que lhe passou tudo ao lado? Possivelmente estava mandatado para isso! Uma crise mundial desenhou-se, começou pelos Estados Unidos e pelas medidas económicas tomadas e foi-se alastrando, por todo o mundo, com graus de afectação diferentes. A zona euro, foi afectada especialmente. O projecto de uma União de Países, com possibilidades diferentes, para os quais os patamares seriam os mesmos, dizia-se que viria a trazer problemas. Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Hungria…estão com grandes dificuldades. Grécia e Hungria já admitiram ter falsificado as contas e outros o fizeram com certeza!
Relativamente a Portugal, assiste-se a contradições estranhas por parte do Governo! Que contenções estão a ser feitas a nível das despesas do Estado?
TGV vai ser construído ou não? Um dia sim, outro dia não, um dia economistas dizem que deve ser, no outro dia economistas dizem que não! E o mesmo se pode dizer, de outras grandes obras que estavam programadas.
Relativamente às despesas do próprio Estado, verdade ou não, quando se diz que o PM tem 12 motoristas, eu pergunto a mim mesma, mas isso é possível?
Hoje fiquei «pasmada», com a notícia: Estado pagou 23 milhões em cartazes partidários! Tem que haver cortes ao financiamento partidário, hoje em dia isso já não se justifica!
O esforço no corte nas subvenções públicas aos partidos entrou na agenda mediática depois do Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, ter apelado aos partidos para se juntarem aos sacrifícios pedidos aos portugueses.
O PS abriu a porta a entendimentos, mas afastou o cenário de avançar com uma proposta legislativa. Os socialistas acreditam que em tempo de crise é errado rever a lei de financiamento partidário (!) e defendem que era preferível um acordo entre partidos a aplicar nesta conjuntura (até 2013).
Sempre pensei que existia deputados a mais e continuo a pensar e agora como cada deputado tem assessor, esta frota é imensa!..
Penso que se podia reduzir bastante à despesa do governo, porque há de facto muito desperdício, sem afectar demasiado as pessoas de reduzidos proventos ou aumentar mais o índice de desemprego, mas pelos vistos as opções vão mesmo por aí, com redução de subsídios, congelamento de salários e aumentos gerais de impostos. 2011, todos dizem que será um ano negro com a implementação de medidas mais drásticas! Possivelmente terá à frente do governo, Socrátes. Bem dizia outro dia, Adriano Moreira, que Portugal está a necessitar de pessoas confiáveis. Sócrates é um político absolutamente descredibilizado.
A vaga de planos de austeridade está a espalhar-se pela Europa de forma cada vez mais rápida. Depois dos países periféricos (Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda e Itália) se terem visto obrigados (primeiro pelos mercados e depois pela Comissão Europeia) a reforçar as medidas anunciadas nos respectivos Programas de Estabilidade e Crescimento (PEC).
Ontem mesmo, foi recomendado a Portugal e a Espanha, complementar as medidas de austeridade recentemente anunciadas com novas reformas estruturais, “nomeadamente no mercado de trabalho e no sistema de pensões”, para acelerar a consolidação orçamental.
Esta decisão foi tomada por 16 países da zona euro no quadro de uma análise preliminar dos programas de austeridade impostos há um mês a Lisboa e Madrid, no quadro dos esforços destinados a sossegar o nervosismo dos mercados financeiros sobre a sustentabilidade da zona euro, sobretudo dos seus membros mais vulneráveis. Lisboa e Madrid, «já anunciaram ou vão anunciar reformas estruturais substanciais». Os planos de austeridade terão de ser reforçados a partir de 2011.
Também a Alemanha e o Reino Unido assumiram, por sua iniciativa, que vão ter de apertar mais o cinto do que o inicialmente esperado. Na Alemanha, país crucial para a actividade em toda a União Europeia, Merkel anunciou um programa de austeridade de 80 mil milhões de euros até 2014, de modo a permitir uma redução do défice para menos de 3 por cento do PIB e Cameron, já está a preparar os britânicos para um novo "estilo de vida". Sarkozy, não toma medidas, porque já está em campanha eleitoral para 2012, dizem os comentaristas! Estes políticos, que só querem ganhar eleições e estão a marimbar-se para o país, também já são o «pão-nosso» de cada dia!
QUE DISSE ONTEM O REPRESENTANTE DO FMI:
O discurso a favor da intensificação da consolidação foi igualmente martelado pelo FMI, que atribuiu a actual crise da zona euro “às políticas orçamentais insustentáveis em alguns países”, em conjunto com “progressos insuficientes no estabelecimento da disciplina” orçamental e “governação deficiente da zona euro”.Para o FMI “uma das soluções para o problema da governação da zona euro passaria, “idealmente”, pela centralização ao nível europeu da fixação de “metas vinculativas” para o défice orçamental e dívida pública dos países membros. Isto, embora reconhecendo que “uma reforma deste tipo exige um consenso sobre alterações do Tratado [da União Europeia], o que levará tempo”.
Ao mesmo tempo, defende que o quadro orçamental da zona euro, tem de ser “reforçado de forma significativa” porque o pacto de estabilidade e crescimento do euro (PEC) “não encorajou os Estados membros a tirar partido dos bons tempos para construir almofadas de segurança e reduzir a dívida para níveis prudentes”. Esta situação reflecte “fragilidades fundamentais na prevenção e aplicação [do PEC] que precisam de ser urgentemente enfrentados”.
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