Marguerite Ann Johnson nasceu em St.
Louis, Missouri, no dia 4
de abril de 1928.
Passou a infância na Califórnia, Arkansas, e St.
Louis, e viveu com a avó paterna, Annie Henderson,
na maior parte de sua infância. Quando tinha 8 anos, ela foi estuprada pelo
namorado da mãe em St.
Louis; isto levou a anos de mudez para Maya que finalmente superou com a ajuda
de uma vizinha atenciosa, e um grande amor pela literatura.
Aos 17, Maya se tornou a primeira motorista negra de
ônibus em São
Francisco e tornou-se mãe solteira ao dar a luz ao
seu primeiro filho, em um época em que isso não era comum; em anos posteriores,
ela se tornou a primeira mulher negra a ser roteirista e diretora em Hollywood. Na década de 50 -
quando surgiu com o pseudônimo"Maya Angelou" - ela se afirmou como
atriz, cantora e dançarina em várias montagens teatrais que percorreram o país,
tais como: Porgy and Bess, Calypso Heatwave,The
Blacks e Cabaret for Freedom; Nos anos 60s ela era amiga de Martin
Luther King Jr. e Malcolm X; ela serviu no SCLC com Dr. King, e trabalhou durante anos para o movimento de direitos
civis. Também nos anos 60, ela trabalhou e viajou pela África, como jornalista e
professora, ajudando vários movimentos de independência africanos. Em 1970, ela
publicou o primeiro livro, I Know Why the Caged Bird Sings, para grande aclamação,
e foi nomeado para o Pulitzer Prize em poesia no ano seguinte.
Angelou teve uma carreira longa e distinta, é poeta,
escritora, ativista de direitos civis, e historiadora, entre outras coisas. Ela
também é atriz, dançarina, e cantora, atuou na peça de Jean Genet, "The Blacks",
e o aclamado seriado, "Roots", ganhador de um Emmy. Angelou
provavelmente é conhecida melhor pelos trabalhos autobiográficos dela que
incluem I Know Why the Caged Bird Sings e All God's Children Need Travelling Shoes.
Em 1993, Angelou leu um de seus poemas chamado "On the Pulse of
Morning", na posse de Bill Clinton como presidente; este foi um dos pontos altos de sua carreira: recebeu o Grammy de melhor texto recitado pela leitura do
mesmo, e novamente a trouxe para a vista do público. Atualmente, ela é
professora de história americana naWake Forest University, Carolina do Norte, mas ainda fazendo suas
excursões e dando palestras em vários lugares.
I Know Why The Caged Bird Sings, Maya Angelou (Eu sei porque o pássaro enjaulado canta)
O pássaro livre pula
nas costas da vitória
e flutua rio abaixo
até que a corrente termine
e mergulha suas asas
nos raios de sol laranja
e ousa e clama ao sol.
Mas o pássaro a passo largo e pomposo
em sua jaula estreita
raramente pode ver através
de sua barra de raiva
suas asas cortadas e
seus pés amarrados
então ele abre sua garganta pra
cantar.
O pássaro enjaulado canta
com temeroso trinado
das coisas desconhecidas
mas com saudades ainda
e a melodia é ouvida
na distante colina para o pássaro
enjaulado
que canta a liberdade.
O pássaro livre pensa em outra brisa
uma troca de ventos leves através dos
sinais das árvores
e as gordas minhocas esperando numa
brilhante aurora no pátio
e ele nomeia seu próprio céu.
Mas o pássaro enjaulado permanece no
túmulo dos sonhos
sua sombra grita em guincho de
pesadelo
suas asas são cortadas e seus pés
amarrados
então ele abre sua garganta pra
cantar.
O pássaro enjaulado canta
com um temeroso trinado de coisas
desconhecidas
mas com saudades ainda
e sua melodia é ouvida
na colina distante
pois que o pássaro enjaulado canta a
liberdade.
Still I Rise, Maya Angelou (Eu Ainda Me Levanto)
Você pode escrever mal de mim na
história
Com suas amargas, distorcidas
mentiras
Você pode me esmagar com os pés em
muita sujeira
Mas ainda, como pó, eu me levantarei.
Minha insolência perturba você?
Por que você está acossado de
melancolia?
Porque eu caminho como se tivesse
poços de petróleo
Bombeando na minha sala de estar.
Justamente como luas e como sóis,
Com a certeza das marés
Justamente como esperanças voando
alto
Continuarei a me levantar.
Você quer me ver quebrada?
Cabisbaixa e olhos baixos?
Ombros caindo como gotas de lágrimas.
Enfraquecida por meus gritos de alma
plena.
Minha altivez ofende você?
Não leve isso tão duramente
Porque eu rio como se tivesse minas
de ouro
Cavando no meu próprio quintal.
Você pode me atirar com suas palavras,
Você pode me cortar com seus olhos,
Você pode me matar com seu ódio,
Mas ainda, como o ar, eu me
levantarei.
Minha sexualidade perturba você?
Isso vem como uma surpresa
Que eu danço como se tivesse
diamantes
No encontro das minhas coxas.
Fora das cabanas da vergonha da
história
Eu me levanto
Desde um passado enraizado na dor
Eu me levanto
Eu sou um oceano negro, aos saltos e
amplo
Eu me levanto
Completamente em expansão eu carrego
na maré
Deixando pra trás noites de terror e
medo
Eu me levanto
Para romper o dia que é
extraordinariamente claro
Eu me levanto
Trazendo os presentes que meus
ancestrais deram,
Eu sou o sonho e a esperança do
escravo.
Me levanto
Me levanto
Me levanto
Tradução dos poemas: Maya Angelou,
lindo...
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