Fé é nostalgia. É um nó na garganta. A fé é mais um
passo adiante do que uma posição, mais um pressentimento do que uma
certeza. A fé é espera. Ela está caminhando no tempo e no espaço. Portanto,
se alguém se chega a mim e me pede para
falar sobre minha fé, é exatamente sobre essa jornada no tempo e no espaço que
falo. Os altos e baixos das lágrimas, os sonhos, os momentos particulares, as intuições. Falo sobre a sensação ocasional que
tenho de que a vida não é uma sequência
de eventos que gera outros eventos tão a esmo, quanto uma tacada no jogo
de bilhar faz que as bolas se afastem em diferentes direções, mas que a vida
tem um roteiro, assim como num romance -
aqueles eventos que, de algum modo, nos levam a algum lugar.
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