MARCEL DUCHAMP, artista
conceptual e teórico, considerado «maître à penser», de toda uma série de
escolas estéticas de vanguarda. Sucessivamente cubista, dadaísta e surrealista,
deixou uma obra escassa e esotérica.
Considerava-se um
anti-artista, em rutura com a escola tradicional. Era um filósofo, o sentido
das ideias correspondia à expressão artística do homem – como origem da concepção
da arte.
Sua obra que era vista
por elitista por alguns, é democrata e popular. Duchamp demonstrou que todos
somos criadores se o desejarmos e se soubermos renovar constantemente o «olhar»
sobre o Mundo que nos rodeia.
A criação existe em todo
o homem. O contributo da criatividade é um direito a que todo o homem deve ter
acesso, mas deve ter sempre por objectivo o outro.
De Duchamp é muito
conhecida a sua obra «Nu descendant l’escalier» (Uma análise cronofotográfica,
mutação sucessiva e simultânea do movimento), mas principalmente os seus
«ready-made» (criação ocasional em fuga do «acaso»), elevando um objecto comum
à qualidade de arte e o mais conhecido é sem dúvida «La Fontaine», um urinol
invertido e colocado num pedestal. É uma forma de contestar tudo que na arte é
motivado por anos de formação tradicional.
Um outro interesse de
Duchamp foi o erotismo, Rrose Sélavy, foi o nome que escolheu, numa pretensa
mudança de sexo, para compreender a dualidade do homem e da mulher.
Duchamp com o seu sorriso
quase diabólico, parecia dizer: «Atenção, as coisas sempre que apresentadas,
não serão aquilo que se julga que sejam. Caberá a cada um a decisão de o
determinar».
O fotógrafo Man Ray foi
seu amigo de experiências!
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