Faço a ronda pela
estante dos livros. Retiro Gedeão… ouço o trisavô Bach, dulcificador do tempo e
beberico um chá frio. Absorvo poemas e fixo-me num que me retém. Farpeia-me a
alma e deixa-me errante na parede amarelecida, em frente! O ruido da rua
sobressalta-me, aproximo-me da janela, do mundo complexo e estranho, que também
é o meu! Isolo-me da cidade, mas nela estou e soletro em surdina um excerto do poema de Gedeão!
Tanto sonho! Tanta
mágoa!
Tanta coisa! Tanta
gente!
São automóveis,
lambretas,
motos, vespas,
bicicletas,
carros, carrinhos,
carretas,
e gente, sempre mais
gente,
gente, gente, gente,
gente,
num tumulto permanente
que não cansa nem
descansa,
um rio que no mar se
lança
em caudalosa corrente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário