”Que à exaltação dos teus sentidos atribuis?
Fauno, a ilusão se escapa dos olhos azuis
E frios, como fonte em prantos, da mais casta
Toda suspiros, a outra, achas que ela contrasta
Qual brisa matinal quente no teu tosão?
Mas não! no lasso espasmo e na sufocação
Do calor, que a manhã combate, não murmura
Água se não a verte a minha flauta pura”
O poema «L'ÀPRES-MIDI D'UN FAUNE», de Stéphane Mallarmé, foi um marco na literatura francesa, como expoente do simbolismo e cujo refinamento lírico fez com que Paul Valéry o considerasse como o maior poema da literatura da França. Na obra o autor retrata um fauno a relembrar as aventuras sensuais que tivera pela manhã, junto às ninfas.
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