A 11 de
Maio de 1894, nasceu uma das maiores bailarinas de todos os tempos, Martha
Graham.
A sua
biografia, faz referência a uma conversa que teve com o pai. Nessa conversa
estava a mentir e o pai fez-lhe ver, que não estava a dizer a verdade, porque
pelos gestos, maneira de olhar, tudo lhe dizia que estava a mentir. Martha
guardou essa lição, como essência de verdade nos movimentos primitivos do corpo
e encontrou uma forma revolucionária de dançar. Enquanto Isadora Duncan se
serviu da música e da poesia, para inspirar as suas danças, longe da rigidez do
ballet clássico, sendo considerada a criadora da dança moderna, Martha Graham,
foi mais radical, dando toda a prioridade ao corpo e ao movimento, sendo a
música criada posteriormente, em função das emoções arrancadas das entranhas e
sempre na descoberta do que o corpo é capaz de fazer. Chamavam-lhe «a acrobata
de Deus». O corpo tem uma linguagem extraordinária, consegue dizer aquilo, que
não há palavras que digam e por vezes diz o que não queríamos que se soubesse.
«Quando
estamos muito perturbados, há um brusco mergulho interior. A dançar, eu
mostrava por fora o que nos acontece por dentro: todo o mau corpo caía por
terra».
Não foi
fácil a aceitação pelo público deste novo estilo, mas depois de várias privações,
atingiu o sucesso. Fez o seu último espetáculo com 75 anos em 1996 e ressurgiu
três anos depois, como diretora da companhia, assumindo depois a coreografia
por quase 20 anos. Morreu em 1991.
CURIOSIDADE:
Diante dos quadros de KandinskY, «quase desmaiei, porque percebi que não estava
louca, outros viam o mundo e a arte da mesma maneira que eu»!
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