O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
JEAN-PAUL SARTRE

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

VIVE LA FRANCE!

Sem qualquer alusão política (França perdeu triplo A, numa revoada de 9 mexidas de notação pela Standard & Poor's)!

A Casa da Música dedica o ano de 2012 à França e deste modo vai ouvir-se muita música francesa, também é celebrado os 150 anos do nascimento de Claude Debussy.
Neste concerto, além da obra Reverso, solo para orquestra nº. 6 de Pascal Dussapin, compositor contemporâneo em residência 2012, foi tocada a SINFONIA FANTÁSTICA de HECTOR BERLIOZ, que é realmente FANTÁSTICA!
É a primeira sinfonia de um jovem estudante, mas demonstra uma audácia e capacidade de inovação surpreendentes a par de uma mestria de orquestração genial.
Aos 25 anos, Berlioz, apaixona-se perdidamente pela actriz irlandesa Harriet Smithson. Inspiradas neste seu amor compõe: A Sinfonia Fantástica e Romeu e Julieta.
Esta sinfonia é programática: Episódio na vida de um artista – e relata alguns dos momentos da sua paixão pela actriz. A existência do programa torna unívoca a interpretação da música, esclarece o seu sentido aos ouvintes e explica a sua forma. Alguns pormenores de instrumentação como as harpas, o corne inglês e os sinos são pela primeira vez utilizados em música sinfónica. A sinfonia tem 5 andamentos: 1- Sonhos e Paixões, 2- Um Baile, 3 – Cena nos Campos, 4 – Marcha para o suplício, 5 – Sonho de uma Noite de Sabbat. Características originais na época. Uma outra inovação inserida por Berlioz é o conceito de ideé-fixe, um tema melódico, associado a uma personagem (neste caso a sua amada), que surge de forma recorrente ao longo da obra.
Berlioz dedicou o seu tempo mais à regência do que â composição, mas deixou uma obra bastante interessante. Era um amante da literatura, e muitas de suas melhores composições são influenciadas por obras literárias. Para compor, A Danação de Fausto, baseou-se no Fausto de Goethe, para Harold na Itália em Childe Harold, de Lord Byron, para Benvenuto Cellini, na autobiografia de Cellini, assim como Romeu e Julieta em Shakespeare e a sua grande obra Les Troyens , foi inspirada pela leitura da Eneida de Virgilio.

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